Caminho divergente que a tomou nos braços.
Certezas de um futuro incerto.
Palavras solúveis a brisa noturna.
Promessas incompletas.
Sorrisos (des)feitos.
Dúvidas.
Pensamento positivo. Não sei dizer se acredito ou não. O quê eu acredito sem dúvida é no livre-pensar, no livre-sentir, no livre-exprimir. Eu acredito na dualidade das coisas, e acredito que examinar a vida por todos os prismas nos abre leques ainda mais variados de cor. Nada é absoluto. Talvez algumas dores sejam, dores de corpo, de alma, e aí não existe pensamento positivo que dê jeito. É evidente que pensar coisas bonitas é uma atitude mais elegante perante a vida, mas mesmo o positivo tem seu quê negativo. É da criação. É assim que parece-me ser, eu pelo menos não conheço ninguém que só tenha maravilhas para contar, ou que só pense coisas positivas ou que nunca tenha sentido dor, ou derramado umas lágrimas. E queira escrever sobre. Eu gosto de ler sentimentos. Todos eles, e tenho afeição em especial pelas palavras que falam da multiplicidade dos sentimentos humanos. Eu aprendo com as alegrias que leio, que vejo, que vivo, mas aprendo também com as dores que leio, que vejo, que vivo. Eu acredito que seria mais feliz se conseguisse dominar meus sentimentos e meu pensar, mas eu não consigo. Sou movida pelo verbo sentir, e o verbo sentir não escolhe nem sujeito, nem predicados, ele quer sentir de todo jeito, e multiplicar minha existência na capacidade de me entender e me encontrar em todas as possibilidades. Eu prefiro as possibilidades positivas, mas não sou ingênua a ponto de acreditar que só elas existam, mesmo que eu morra de tanto pensar.
Me diga que está triste, eu consolo. Me diga que nunca foi tão feliz, eu concordo. Me ame ou me odeie. Me mande pra puta-que-o-pariu ou me convide pra ir com você. Exploda na minha cara ou se derreta na minha mão. Deixa eu te ver morrendo de tanto rir ou com vergonha das olheiras de tanto chorar. Só não me esconda o rosto. Me abrace, me esmurre, me lamba ou me empurre. Só não me balance os ombros. Não me perturba assistir tua dor nem acompanhar teu gás.
Não sou, nunca fui e não quero ser santa. Me recuso, entretanto, a fazer parte do mal, independente do que mal seja. Vou continuar falando palavrão, me apaixonado e enchendo a casa de corações de papel, maltratando minha mãe às vezes e depois me sentindo escrota e injusta, ainda vou fazer muitos amigos errados, vou viajar quilômetros por amor aos meus irmãos, aos meus amores. Vou ser assim porque, na verdade, eu já sou tudo isso. Tá tudo errado e tá tudo certo. Tá tudo mudando e tá tudo bem. No final da vida, como eu já disse outras vezes, quero ter um colar de pérolas minhas pra mostrar pros meus netos e, olha só, às vezes eu quero tê-los (os netos), outras não. Daqui há pouco tudo muda, mas eu ainda vou querer estar com você porque, é fato, você me mudou.
Vem cá amor, me chama de “mentirosinha”
"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar."

Afim de viver cada encanto,
"Ter uma vida interessante é outra coisa: é cair e levantar, se movimentar, relacionar-se com as pessoas, não ter medo de mudanças, encarar o erro como um caminho para encontrar novas soluções, ter a cara-de-pau de se testar em outros papéis - e humildade para abandoná-los se não der certo. Uma vida interessante é outro tipo de vida feliz: a que passou ao largo dos contos-de-fada. É o que faz você ter uma biografia com mais de 10 páginas."
(Martha Medeiros)


"Até onde você é o que eu vejo em você?"
Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se demorasse um pouco mais, eu não teria esperado. Você anda acertando muita coisa, mesmo sem perceber. Você tem me ganhado nos detalhes e aposto que nem desconfia. Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão.

tanto quando estás presente e novamente me tomas e me arrancas de
mim me desguiando por esses caminhos conhecidos onde atrás de cada
palavra tento desesperado encontrar um sentido, um código, uma
senha qualquer que me permita esperar por um atalho onde não
desvies tão súbito os olhos, onde teu dedo não roce tão passageiro no
meu braço, onde te detenhas mais demorado sobre isso que sou.
Não sei quem sou, que alma tenho.

Cabelo engomadinho,cheio de gelzinho
Acreditar não faz de ninguém um tolo, tolo é quem perde seu tempo mentindo..